quinta-feira, 11 de novembro de 2010

Não nascemos pronto!

Depois de algum tempo sem postar estou de volta!
Estou lendo um livro chamado "Não nascemos pronto" e vamos dizer que ele é um dos meus motivos de estar aqui. Fui "incomodado" a falar um pouco sobre os momentos, sensações e reflexões sobre o qual o livro me tem feito ir. Além de recomendá-lo como leitura. Estamos nos colocando tão suficientes com as situações que nos rodeiam, que quando alcançamos objetivos, sonhos, metas deixamos simplesmente de buscar algo mais, ou pelo menos mover-se a isso. A pensar. A crer que existe outro mais. Isso me foi profundamente conflitante, ao ponto de me questionar quanto aos meus planos. Bem, farei aqui algumas resenhas de seus capítulos e espero que aproveitem!






NÃO NASCEMOS PRONTOS!




"O animal satisfeito dorme".
Nunca pensei que estar satisfeito com algo ou consigo mesmo pudesse ser tão perigoso. Por trás desse termo tão obvio está um dos mais profundos alertas contra o risco de cairmos na monotonia existencial, na rotina sentimental e na indigência intelectual. A nossa humanidade perde a energia por algo assim que esse algo é suprido, e ele está plenamente confortável com a maneira que as coisas ficaram/estão, rendendo-se à sedução do repouso e imobilizando-se a acomodação.



Enquanto tiveres um desejo, terás uma razão para viver. A satisfação é a morte.
George Bernard Shaw


A advertência é preciosa: não esquecer que a satisfação conclui, encerra, termina; a satisfação não deixa margem para a continuidade, para o prosseguimento, para a persistência. A satisfação simplesmente acalma, limita, amortece.

Por isso, quando alguém diz "fiquei muito satisfeito com você" ou " estou muito satisfeita com teu trabalho", é assustador. O que se quer dizer com isso? Que nada mais de mim se deseja? Que o ponto atual é meu limite e, portanto, minha possibilidade? Que de mim nada mais além se pode esperar? Que está bom como está?Assim seria apavorante; passaria a ideia de que desse jeito tá basta. Ora, o agradável deveria ser quando alguém diz: "teu trabalho (ou carinho, ou comida, ou aula, ou texto, ou música, etc) é bom, fiquei muito insatisfeito e, portanto, quero mais, quero continuar, quero conhecer outras coisas".

Um bom filme não é exatamente aquele que, quando termina, ficamos insatisfeitos, parados, olhando, quietos, para a tela, enquanto passam os letreiros, desejando que não cesse? Uma boa festa, um bom jogo, um bom passeio, uma boa cerimônia não é aquela que queremos que se prolongue? E um bom livro, não é aquele que, quando encerramos a leitura, o deixamos um pouco apoiado no colo, absortos, distantes, pensando que não poderia terminar?

Não é?

Demora um pouco para entender tudo isso; aliás, como falou Guimarães Rosa: "não convém fazer escândalo de começo; só aos poucos é que o escuro é claro..."

Quer mais?
Espere o próximo post.

:)